São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Pádua apresentou três versões

DA REPORTAGEM LOCAL

Desde que foi preso, o ator Guilherme de Pádua já apresentou três versões para a morte da atriz.
A primeira versão -única oficial- consta do depoimento que prestou no dia 29 de dezembro de 1992 na 16ª Delegacia Policial, quando confessou o crime.
No depoimento, ele diz que Paula Thomaz, então sua mulher, estava no BarraShopping.
Ele e Daniella teriam parado no terreno onde ocorreu o crime para conversar. Ali, ele teria discutido com ela dentro de seu carro. Para consolar a atriz, que chorava, Pádua contou ter aberto o porta-luvas do carro para pegar uma caixa de lenços de papel.
Na versão do ator, Daniella então pegou uma tesoura e ameaçou atingi-lo. Pádua saiu do carro e foi seguido por Daniella. Na tentativa de controlá-la, teria lhe dado uma gravata -golpe em torno do pescoço. No depoimento, disse não poder descrever como a atingiu.
No livro "A História que o Brasil Desconhece", escrito por Pádua, ele afirma ter visto Paula golpear Daniella -que estava desacordada no chão por causa da gravata que ele havia lhe dado para proteger a mulher, que estava grávida. Ele diz que Paula estava de costas para ele quando deu os golpes.
A terceira versão surgiu numa entrevista de Pádua à Folha, publicada ontem, em que ele afirma não ter visto Paula matar Daniella. Ele disse que achou que a atriz já estivesse morta e foi adulterar a placa do carro. Enquanto isso, Paula teria matado Daniella.

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