São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Dúvida sobre arma usada no crime permanece

DA SUCURSAL DO RIO

A análise do laudo e das fotos da perícia não esclarece qual instrumento usado para matar Daniella Perez. A arma não foi achada.
Pádua diz que foi uma tesoura. A acusação, com base em declarações feitas na época pelo então diretor do Departamento de Polícia Técnica, Talvane de Moraes, afirma que a arma era um punhal.
"O laudo fala em feridas profundas, o que seria típico de um punhal, mas não vi o corpo."
Moraes afirma que deu declarações com base em conversas com o perito Abrão Lincoln -hoje diretor do IML do Rio. Segundo ele, Lincoln teria afirmado que os ferimentos tinham dois vértices de corte. "Seria preciso um instrumento com corte nos dois lados."
Lincoln disse que, por ser testemunha, não poderia comentar o caso. As fotos do processo mostram Daniella morta no local do crime. Não foram feitas fotos da necropsia -o que ajudaria a esclarecer qual o instrumento usado.
"As fotos mostram ferimentos com sangue. É difícil ver as bordas para definir o instrumento", disse Massini. Moraes disse que não foram feitas fotos durante a necropsia por falta de material.

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