São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Brasil 1; Brasil 2; Brasília 1; Brasília 2

JOSIMAR MELO

Brasil 1
Começa hoje (e vai até o próximo dia 1º de setembro, um domingo) mais uma Semana da Cozinha Regional Brasileira promovida pelo restaurante Tordesilhas, localizado à rua Ouro Branco, 150, tel. 885-8373.
Com exceção dos sábados, a cada dia um tema diferente conduzirá o cardápio: cozinha do litoral, caipira, amazônia, do Sul e Centro-Oeste, do Nordeste, baiana e mineira.
No último dia, domingo, serão servidos os principais pratos de cada região apresentados durante toda a semana no restaurante Tordesilhas.

Brasil 2
Os clientes da Semana da Cozinha Brasileira do restaurante Tordesilhas receberão ainda um glossário de termos ligados à culinária brasileira.
Nele é brevemente esclarecido o significado de palavras como barreado (cozido de carne preparado em panela de barro selada com goma de mandioca, do Paraná); afogado (cozido de carne bovina do Vale do Paraíba, SP); cola-gaita (chuletas de ovelha fritas e depois cozidas com mandioica, pimenta e alho, do Rio Grande do Sul); sarrabulho (sarapatel nordestino, feito de miúdos e sangue de porco) e outras.

Brasília 1
Embora não seja exatamente famosa por sua gastronomia, a cidade de Brasília tem algumas características que não podem escapar aos gourmets.
Os vinhos vêm ganhando respeito em casas com adegas climatizadas como as do Francisco (CLS, qd. 402, bl. B, e mais três endereços na cidade), do Piantella (CJs, qd. 202, bl. A, lj. 34) e do La Vecchia Cucina (SHS, qd. 2, bl. J).
As magníficas hortaliças do restaurante tex-mex El Coyote Cafe, cujo endereço é CLS 208, bl. C, lj. 36, de produção própria, confirmam que, também ali, em se plantando tudo dá.

Brasília 2
Também os cordeiros do restaurante libanês Lagash (CLN, qd. 308, bl B, lj. 11), em Brasília, são de lavra própria.
A cozinha mediterrânea do Abajur da Ady (CLS, qd. 201, bl A, cj. 1) não é só ítalo-francesa, como de hábito (afinal, a África também é banhada pelo mesmo mar).
O Carpe Diem (CLS, qd. 104, bl. D, lj 1) é uma verdadeira praia (numa esquina!) na aridez da paisagem da cidade.
Só os charutos, mesmo onde existem, ainda são misteriosamente raros e pouco variados numa cidade tão afeita aos símbolos do poder.
(JM)

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