São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
DEPOIMENTO "Sempre quis ter um filho. Quase pirei por causa disso. Quanto mais queria, mais remota parecia a possibilidade de conseguir o pai ideal, a situação como eu gostaria que fosse. Eu via criança, chorava. Desencanei aos poucos, perto dos 40 anos, quando resolvi adotar um filhote de fox terrier. Ele preencheu de forma surpreendente essa lacuna da maternidade na minha vida. A transferência foi tamanha que, outro dia, na rua, me peguei dizendo 'Olha a poça, filho, pula!' O Ghandi (sempre ouvi dizer que se deve colocar no filho o nome de alguém que a gente admira muito) tem pedigree Wally Hamptom Court. E educação de primeira: é adestrado para atender a diversos comandos de obediência. A dona da mãe do Ghandi só concordou que eu o levasse quando prometi que o veterinário dele seria o mesmo que a atende. Outro dia ele engoliu uma bolinha de borracha que eu comprei na Harrods, em Londres (sempre trago presentinhos para o Ghandi) e passou muito mal. Podia ter morrido, imagina. Me deu um aperto horrível no coração. Não é coisa de mãe isso?" Vanda Fulaneto, 40, é estilista de foto. Texto Anterior: Mulheres improvisam filhos depois dos 30 Próximo Texto: Usam choro como tática Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |