São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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Diploma não basta para ser o melhor

, diz analista

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O professor Yuichi Tsukamoto, da consultoria T&A (Tsukamoto e Associados), compara a obtenção do certificado ISO 9000 à seleção dos atletas que disputarão a próxima Olimpíada, no ano 2000.
Sozinho, ele não basta para levar ao pódio. Apenas as empresas que investirem em processos mais amplos de qualidade total é que disputarão, com chances de vencer, um lugar de destaque no mundo competitivo do século 21.
"O ISO 9000 é o passaporte para os jogos, define quem vai disputar o melhor resultado junto aos melhores atletas do mundo. Mas as empresas não podem relaxar na busca da qualidade, pois só as melhores companhias serão realmente competitivas", diz Tsukamoto.
Na busca pela excelência empresarial, o processo de certificação ajuda a empresa a se organizar melhor, preparando-a para dar um passo além: a adoção de um programa de busca contínua da qualidade. Para Tsukamoto, a companhia precisa impor "alma" na infra-estrutura voltada para melhoria da qualidade. Não basta conhecer as técnicas, é preciso incutir o espírito da qualidade em toda a gestão da empresa.
"Tem que haver alma na implantação de medidas que demoram de dois a cinco anos, mas que duram de 20 a 30 anos. O espírito olímpico tem que estar presente o tempo todo", afirma Tsukamoto.
Primeiro passo
Nesse sentido, a obtenção de um ISO 9000 é um passo valioso, explica Waldir Algarte, coordenador do Comitê Brasileiro da Qualidade, da ABNT (Associação Brasileira das Normas Técnicas).
É que o certificado exige que a empresa coloque no papel o que quer fazer e como vai proceder, provando que pode fazer algo sempre do mesmo jeito. É quando elas percebem onde estão perdendo qualidade, tempo ou dinheiro.
"O ISO 9000 é como uma receita de bolo. Se a empresa faz bem, fará bem sempre", diz Algarte.
(MG)

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