São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996
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Para leiloeira, é adaptação a novo cenário

DA REDAÇÃO

Silvia de Souza, leiloeira oficial que prepara um evento para esta semana em São Paulo, com acervo de pintura, tapetes e mobiliário inglês, tem opinião um pouco diferente sobre o que está acontecendo com o mercado de arte no Brasil.
Sua visão coincide com a de alguns economistas que analisam outros setores da economia. Para Silvia, o mercado brasileiro de arte está se adequando à realidade de "um país sem dinheiro".
"Há mais ou menos dez anos, houve um 'boom' em que se pagou muito mais do que o valor real da peça. Depois, ficava difícil revender. Hoje em dia, trabalha-se mais para ganhar menos. Acabou aquela idéia de que algo adquirido por 10 pode ser vendido por 20. Mas em todos os ramos da economia está assim", comenta Silvia.
Ela diz que promove leilões também no interior, abrindo mercado. "O curioso é alguém avaliar o preço de uma peça pelo número de bois que pode comprar. Aí a gente tem de explicar que ele não coloca um boi na sala de sua casa".
Os novos compradores, relata Regina Boni, têm de 30 a 50 anos, da Grande São Paulo, Goiânia e Belo Horizonte. "São profissionais liberais, empresários e executivos de bancos novos e menores, que procuram decorar a casa."

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