São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996
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Ferrari não quebra, e Schumacher vence

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A Ferrari não quebrou, e Michael Schumacher venceu ontem o GP da Bélgica, disputado no circuito de Spa-Francorchamps.
Foi sua segunda vitória na temporada, e o óbvio, mais uma vez, foi confirmado. Schumacher só precisa de um bom carro.
Como o F310 ainda não é perfeito, o bicampeão mundial contou com a estratégia para vencer na pista em que estreou na F-1, em 1991, a bordo de um Jordan.
E uma certa dose de sorte, já que foi beneficiado pela entrada do carro-madrinha na volta 14, provocada por um sério acidente com Jos Verstappen -o holandês foi hospitalizado, com contusões no tórax, e deve ser liberado hoje.
Segundo colocado atrás de Jacques Villeneuve, Schumacher entrou imediatamente nos boxes e fez sua primeira parada. O rádio da Williams falhou, e o canadense não pôde ter a mesma agilidade.
Ao deixar a pista, três voltas mais tarde, o carro-madrinha deixou David Coulthard e Mika Hakkinen como líderes. Mas, logo, os dois tiveram de parar nos boxes -a McLaren programara um único pit para seus carros.
Schumacher, então, assumiu a ponta com Villeneuve em sua perseguição. Na volta 30, o alemão fez a segunda parada. Logo depois, o canadense faria o mesmo.
Ao deixar os boxes, Villeneuve não teve como segurar o adversário, que o ultrapassou na saída da La Source, no momento mais dramático da corrida.
O piloto da Williams esboçou reação, mas Schumacher não permitiu que a diferença baixasse de meio segundo. No fim, pensando no campeonato, Villeneuve aliviou e garantiu o segundo lugar.
Diferença Não foi um bom dia para Damon Hill, líder do Mundial e maior favorito ao título da temporada.
Arruinou o carro titular no warm up e foi obrigado a correr com o reserva. Na largada, perdeu duas posições. Na intervenção do carro-madrinha, falhou na entrada dos boxes, depois de receber mensagem atrasada da equipe.
No decorrer da disputa, mesmo a bordo de um Williams, teve dificuldade para ultrapassar Martin Brundle, da Jordan, para ganhar a sétima posição.
E, ao final da corrida, ainda sofreu o assédio de Gerhard Berger, que se recuperou de forma notável após rodar no meio da prova.
Apesar de tudo isso, Hill marcou 2 pontos e ficou a 13 do companheiro Villeneuve, o único que pode lhe tirar o título deste ano.
Será campeão em Monza, na próxima etapa, se vencer e o canadense chegar em quarto.
Entre os brasileiros, o único que completou a prova foi Ricardo Rosset, em nono. (JHM)

Com agências internacionais

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