São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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França não muda política de imigração Presos 61 em ato em Paris LUIZ ANTÔNIO RYFF
"Os imigrantes ilegais não têm mais oportunidade no nosso país. É preciso dar um sinal forte nesse sentido", disse. Ele se referia ao episódio dos 220 africanos "sans-papiers" (sem-documentos) que viviam há vários anos na França e exigiam o visto de permanência no país. Eles estavam acampados na igreja Saint-Bernard, em Paris, de onde foram retirados por 1.110 policiais na sexta. Quatro deles foram expulsos do país no sábado. Chirac afirmou que poderá fazer adaptações na aplicação da Lei Pasqua -a legislação de imigração. O premiê Alain Juppé participou da entrevista e disse que a revogação da lei ou mudanças na sua essência estão "fora de questão". Ontem, a maioria dos 220 "sans-papiers" havia sido colocada em liberdade pelo governo ou por decisão da Justiça. Na prática eles se encontram na mesma situação jurídica de sexta-feira, antes da invasão da igreja: estão livres, não foram regularizados, nem expulsos. Os dez manifestantes que estavam havia 52 dias sem comer interromperam ontem a greve de fome. Três continuam em hospitais. Apenas um deverá receber visto de permanência. O governo revelou que 44 dos africanos tiveram suas situações regularizadas e receberão o visto de permanência nesta semana. As autoridades reafirmaram que, no total, 40% dos manifestantes terão a situação regularizada. A polícia de Paris deteve ontem 61 pessoas que protestavam contra a atuação do governo em relação aos "sans-papiers". Uma manifestação de apoio a eles estava marcada em Bamako, capital do Mali, para onde os quatro expulsos foram levados de avião. Texto Anterior: "Bibi" e Arafat se reúnem em 2 semanas Próximo Texto: Chirac pode adaptar Lei Pasqua Índice |
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