São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996
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Imperador criou cidade

SILVIO CIOFFI
DA REDAÇÃO

Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, o d. Pedro 2º, herdou do pai a fazenda Córrego Seco, onde edificou Petrópolis, a partir de 1843.
Distante 66 km do Rio, Petrópolis foi criada por decreto para ser a primeira cidade planejada do Brasil.
O Palácio Imperial foi financiado com recursos pessoais do imperador para ser a residência de veraneio da família real.
Sua construção, em estilo neoclássico, esteve a cargo do engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler.
Hoje transformado no Museu Imperial, o palácio ainda é rodeado de jardins desenhados pelo francês Jean Baptiste Binot com a orientação do próprio imperador.
Ao seu redor, d. Pedro 2º criou uma colônia agrícola, onde trabalharam imigrantes alemães.
Expulso do país
Quando a família de d. Pedro 2º foi banida para a Europa, com o advento da República, partiu do Palácio Imperial.
O governo provisório ofereceu ao imperador cinco mil contos de réis para que ele pudesse se estabelecer no exterior, mas d. Pedro 2º recusou a ajuda e seguiu, a bordo do Alagoas, no dia 17 de novembro de 1889, para Lisboa, onde chegou no dia 7 de dezembro.
Ironicamente, d. Pedro 2º, que havia criado uma cidade de sonho em torno de um palácio que prima pelas suas qualidades arquitetônicas, morreu em 1891 num quarto simples do hotel Bedford, em Paris.

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