São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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Marriott quer fatia do mercado brasileiro
GILSON SCHWARTZ
A planta das torres já está desenhada, numa geometria futurista, muito vidro e aço. Há dois interessados em fazer parceria com o Marriott, entre eles um banco brasileiro. Mas executivos não se arriscam a fazer uma previsão sobre quando o complexo estará operando no Brasil. Outras tentativas recentes de associação com grupos locais não foram adiante. E a filosofia Marriott de fazer negócios exige, sempre que possível, parcerias locais. Agressividade Mas o Brasil é apenas uma peça, importante, da estratégia latino-americana do grupo, apresentada como de "expansão agressiva". Os investimentos já feitos ou em curso na região chegam a US$ 400 milhões (contando os recursos de parceiros locais), com expectativa de geração de 4.000 empregos. Em abril de 94, o grupo começou a operar em Buenos Aires, comprando e reformando um dos mais tradicionais hotéis, o Plaza. Em 1990 o grupo tinha dois hotéis na América Latina. Agora são 13 operando ou em desenvolvimento. A meta é chegar a 20 no ano 2000, o que significará uma capacidade instalada de 5.863 quartos. Kevin P. Kearney, vice-presidente de projetos internacionais do Marriott, não esconde ansiedade com relação ao Brasil. Ele diz estar acompanhando a expansão da rede hoteleira em São Paulo e afirma que o Marriott não vai ficar fora desse mercado. Estar presente em cada segmento da hotelaria tornou-se uma verdadeira obsessão do Marriott. Pode-se dizer que o conceito vingou: em Orlando há 19 Marriotts diferentes, que vão do condomínio de luxo ao motel de US$ 40. A mesma estratégia vale para os EUA como um todo. Cada segmento é identificado por uma marca ("brand", em inglês), voltada para um público específico. No topo da hierarquia está a rede Ritz-Carlton, com uma entonação européia e aristocrática. O grupo foi comprado pelo Marriott, mas a marca foi mantida como parte da diferenciação. Texto Anterior: PACOTES Próximo Texto: Grupo opera em 28 países Índice |
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