São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Rossi abre suas contas; vice fez a maior doação

Até o dia 5, empresas doaram R$ 104.600,00

ANA MARIA MANDIM
DA REPORTAGEM LOCAL

Foram de R$ 797.643,98, até o dia 5 de agosto, os gastos de campanha do candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, Francisco Rossi, segundo dados entregues ontem à Folha pelo contador Gilmar de Melo Schavareto.
Em depoimento à seção "Eleições On line", da Folha, no último dia 20, ele havia concordado em revelar doadores, volume de doações e gastos antes das eleições.
Sua adversária do PT, Luiza Erundina, disse que faria o mesmo, desde que os demais candidatos o fizessem.
Os candidatos do PSDB, José Serra, e do PPB, Celso Pitta, disseram que só prestarão contas à Justiça Eleitoral após a disputa.
Aquém das estimativas
Nas três folhas que Schavareto entregou à Folha, no escritório da Luanafran Promoções e Publicidade (empresa de Rossi), consta descrição detalhada das despesas e doações até 5 de agosto.
O contador mostrou notas fiscais referentes a alguns gastos. Não apresentou cópias dos recibos de doações. Segundo Schavareto, a campanha arrecadou R$ 710.416,33 e gastou R$ 702.643,98.
Na consolidação dos gastos não foram incluídos R$ 95 mil, relativos ao aluguel de 30 kombis, ainda por pagar. A Folha incluiu a quantia nos gastos.
O total de despesas do pedetista está muito aquém das estimativas do próprio candidato. Rossi falava, inicialmente, em gastar de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões.
Pelo relatório de Schavareto, amigo de Rossi e seu contador de campanha, o aluguel do helicóptero que o candidato usa nos minicomícios consumiu R$ 34 mil.
Pouco menos -R$ 32,6 mil- foi despendido com serviços prestados por terceiros (segurança e limpeza dos comitês e assessoria de comunicação e imprensa).
Na confecção de material de propaganda (chaveiros, adesivos, bandeiras, broches, cartazes etc) foram gastos R$ 91.510.
A produção audiovisual custou R$ 232 mil (essa despesa certamente aumentou porque o horário eleitoral começou no dia 2).
Os maiores doadores pessoa física são o vice de Rossi, vereador Marcos Cintra (PL), com R$ 32 mil, e o próprio Rossi, com R$ 25 mil, segundo Schavareto.
O terceiro maior doador foi a sogra de Cintra, Lídia Casella, com R$ 17 mil.
Os maiores doadores pessoa jurídica são: As Quadras Construções Esportivas, Banco Mercantil de Descontos, Editora Meta e Instituto Paulista de Concursos.
A Cia. Suzano de Papel e Celulose doou 25 toneladas de papel, e a Editora Três imprimiu de graça o material de campanha.
Quatro imóveis onde funcionam comitês de Rossi foram cedidos, gratuitamente, para serem usados durante o período de campanha.

Texto Anterior: As dores da queda
Próximo Texto: Em 94, banco doou R$ 120 mil
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.