São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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Mulher diz que marido estava bêbado durante tiroteio em bar

DA REPORTAGEM LOCAL

A mulher do mecânico Getúlio Alves de Souza, 39, confirma que ele estava bêbado no momento do tiroteio que pode ter matado o economista Raul Andrade Silveira, 57, na noite de sábado.
Foragido da polícia, ele é acusado de ter participado de um tiroteio dentro do bar Brooklin com o dono do estabelecimento, Luis Gonzaga Fonseca. Uma das balas teria acertado o pescoço do economista Silveira, que mora no 11º andar de um prédio na Rua Flórida, a 60 metros do bar.
Segundo Isolanda Leite da Silva, 31, mulher de Getúlio, ele chegou ao bar, na Avenida Santo Amaro, e começou a tomar pinga com amigos.
"Quando todos já tinham bebido muito, começou uma discussão que logo virou pancadaria", conta Isolanda.
"Getúlio foi até a casa do Alemão (Antonio Bezerra da Silva Filho, preso em flagrante acusado de cumplicidade), pegou o revólver emprestado e trocou tiros com o dono do bar."
Isolanda conta que teve medo e se trancou no quarto de sua casa, no segundo andar do sobrado onde o bar está instalado.
"Getúlio é boa pessoa e fugiu sem falar nada com a família como se fosse criminoso", disse.
Para o delegado titular do 96º DP, Romeu Tuma Júnior, 36, não há dúvidas que a morte do economista foi causada por uma bala perdida do tiroteio.
"As balas encontradas na parede do bar e no corpo de Silveira são do mesmo calibre. Tenho certeza que o exame de balística vai confirmar que foram disparados pela mesma arma", disse.

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