São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 1996
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O que diz Carlos Alberto de Oliveira

1. Uma "gravata" deixa marcas no pescoço da vítima porque ela tenta se defender. O cadáver de Daniella não tinha nenhuma lesão que pudesse ter resultado de uma "gravata"
2. As lesões encontradas abaixo do queixo e no olho direito podem ter sido provocadas por socos. Esses golpes podem ter provocado o desfalecimento da vítima
3. Por causa das escoriações encontradas na pele, os socos devem ter atingido o rosto de Daniella de forma tangente à sua pele
4. Essas lesões não foram provocadas por uma queda. Quando a pessoa cai, ela tende a colocar os braços como anteparo. Daniella, que usava blusa sem mangas por causa do calor, não tinha marcas nessa região.
5. Daniella não foi morta no local onde seu corpo foi encontrado porque não havia vestígios de sangue ao redor. Segundo o legista, uma pessoa que receba oito golpes no coração, como Daniella, tem um sangramento profuso.
6. Daniella foi morta com instrumento pérfuro-cortante, provavelmente um punhal ou faca de ponta. O legista aponta como mais provável uma faca comum, com um só gume, mas afirma não poder descartar o punhal
7. É muito remota a possibilidade de a arma ter sido uma tesoura. Uma tesoura provoca lesões muito superficiais e, dificilmente, penetraria a parede do tórax a ponto de produzir oito feridas no coração.
8. Quando Daniella foi morta, ela estava impossibilitada de oferecer qualquer resistência, pois não foram encontradas em seu corpo lesões de defesa, que são muito comuns quando há o tipo de agressão que ela sofreu.

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