Folha de S.Paulo - O jogo de Maluf; Aposta arriscada; Para a torcida; Muita coisa em comum; Efeito Maluf; Seguro eleitoral; Um coisa de cada vez; Triângulo político; Apetite forte; Curto-circuito; Regra três; Nova confusão; Regada a uísque; Direito de espernear; Apoio desinteressado; Vôo cego; Visita à Folha

São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996

O jogo de Maluf; Aposta arriscada; Para a torcida; Muita coisa em comum; Efeito Maluf; Seguro eleitoral; Um coisa de cada vez; Triângulo político; Apetite forte; Curto-circuito; Regra três; Nova confusão; Regada a uísque; Direito de espernear; Apoio desinteressado; Vôo cego; Visita à Folha

O jogo de Maluf
A estratégia do PPB é obrigar FHC a dizer que quer a reeleição. Deixar o governo usar fisiologismo e, na hora de apreciar a emenda, votar a favor. Se Maluf se eleger presidente em 1998, seria o grande beneficiado.

Aposta arriscada
A análise macroeconômica do PPB é que a dívida interna se complicará, impedindo o crescimento econômico. A inflação ficaria baixa, mas o aumento do desemprego se encarregaria de destruir o sonho tucano em 98.

Para a torcida
Para efeito externo, ainda de acordo com a análise do comando pepebista, Maluf continuará a dizer que é contra a reeleição.

Muita coisa em comum
Paulo Maluf e Cesar Maia conversaram três vezes por telefone nos últimos quatro dias. O prefeito de São Paulo repete sempre seus argumentos contra a reeleição. O do Rio, cujo partido fechou questão a favor, ouve.

Efeito Maluf
O PFL quer fazer pesquisa nacional sobre a sucessão de 98.

Seguro eleitoral
Os articuladores da reeleição de FHC não querem nem ouvir falar de Sérgio Motta (Comunicações) na coordenação do projeto. Mas fazem questão de deixar claro que não abrirão mão dele como caixa da campanha.

Uma coisa de cada vez
Para a reeleição ter sucesso, ACM diz que é preciso separar "o direito de tentar se reeleger da eleição presidencial de 1998".

Triângulo político
Maluf namora Paes de Andrade, cabeça de ponte do prefeito no PMDB contrário à reeleição, mas faz planos com Inocêncio Oliveira: "Você é o meu candidato a presidente da Câmara", disse, em recente telefonema.

Apetite forte
Inocêncio Oliveira (PFL-PE) começou ontem na casa de Valdemar Costa Neto (PL-SP) o primeiro de uma série de jantares com deputados para fazer campanha à presidência da Câmara.

Curto-circuito
Em reunião hoje com FHC, lideranças do PSDB reclamarão da falta de contato com os caciques do partido no governo. "Está faltando diálogo", diz o presidente da legenda, senador Teotônio Vilela Filho (AL).

Regra três
Há parlamentares do PSDB achando que estão fora da articulação para aprovar a emenda da reeleição. Temem que a manobra acabe se transformando em uma bandeira pefelista.

Nova confusão
O governador Jaime Lerner (PDT-PR) está contrariado com Celso Loducca. Não tem gostado das entrevistas do publicitário dizendo ser o responsável pela ascensão de Cássio Taniguchi nas pesquisas em Curitiba.

Regada a uísque
A prévia com membros da Fiesp em que Pitta venceu Serra por 28 votos a zero ocorreu anteontem após a reunião formal da entidade. Os votantes fizeram a consulta durante um happy hour na sede da federação.

Direito de espernear
O presidente do PT, José Dirceu, e o deputado Luiz Gushiken (SP) encontram-se hoje com o presidente do Banco Central, Gustavo Loyola. Querem discutir o futuro do Banespa.

Apoio desinteressado
O governador Paulo Afonso (PMDB-SC) diz que é favorável à emenda da reeleição, mas que não mexerá uma palha para aprová-la no Congresso. Se a proposta passar, porém, diz desde já que será candidato.

Vôo cego
Presidente da subcomissão de Turismo da Câmara, Ricardo Heráclio (PSB-PE) dá uma incerta hoje no aeroporto de Brasília. Tenta confirmar denúncia de que os aviões 737 da Vasp decolam com nove lugares a mais.

Visita à Folha
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do vice-presidente, Ramiro de Jesus Pinto.

TIROTEIO
De José Genoino (PT), sobre a idéia de votar a emenda que permite a reeleição depois da campanha municipal:
- Vai ser um mercado persa. Quem ganhar vai vender seu apoio caro. E quem ajudou a ganhar vai cobrar a fatura.

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