São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996 |
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José Zaragoza mostra 'molho' de telas
CEM
Depois de comprar "todas as chaves velhas dos chaveiros de São Paulo", o artista plástico e publicitário, sócio da DPZ, expõe 35 trabalhos, entre pinturas e "assemblages", que produziu nos últimos quatro anos. Suas chaves são divertidas, mas também críticas. "Somos escravos das chaves porque temos medo". Na sua infância, na Catalunha, Zaragoza dormia com as portas abertas durante o verão. Hoje, tem um chaveiro repleto, mas, se pudesse, se livraria de todas elas. Palavra-chave Uma das palavras-chave da mostra é criatividade. Longe de tocar um samba de uma nota só, o artista usa desde tinta sintética e parafina até café, cuspe, urina, ovo e asfalto. Esses materiais "normalmente brigam entre si, mas quando você insiste, eles acabam casando". Nos próximos meses, o artista pretende descansar das chaves. Em setembro, faz exposição da inédita série "Paisagens Brancas". Em janeiro, começa a rodar seu primeiro longa-metragem, "uma homenagem a São Paulo e à amizade", cujo título provisório é "Feeling" ou "Até que a Morte Nos Separe", história de cinco personagens"que por opção de vida resolvem morar sozinhos". O tema do filme é "como essas pessoas administram a solidão, na hora em que pegam a chave, entram no apartamento e acendem a luz". Exposição: Chaves - José Zaragoza Quando: hoje, às 21h. Seg a sex, das 10h às 19h. Sáb, das 11h às 14h. Até 13 de setembro Onde: Galeria Millan (r. Francisco Leitão, 134, tel. 852-3576) Preços das obras: de R$ 5.000 a R$ 12.000 Texto Anterior: Capitais européias faziam competição Próximo Texto: Michael Hedges abandona new age Índice |
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