São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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MEC põe ensino de ética na Internet
FERNANDO ROSSETTI
A página se tornará um banco de experiências para escolas e redes tirarem idéias de como desenvolver suas próprias práticas nessa área, dentro da proposta do MEC de que os currículos do 1º grau devem incorporar esses conteúdos. "Nós já temos algumas experiências catalogadas, mas também queremos que esse banco esteja aberto para receber outras", diz Tania Viegas, coordenadora da Assessoria de Comunicação Social do MEC, que mantém a página (http://www.mec.gov.br). Segundo ela, o programa para esse banco de experiências deve ficar pronto em um mês. Enquanto não estiver no ar, quem quiser oferecer relatos de sua experiência pode fazer o primeiro contato com o MEC pelo telefone 0800-616161. Tema transversal O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, rebateu ontem críticas feitas à proposta do MEC de introduzir nos currículos assuntos como ética e sexualidade. "O que queremos é que a educação para a cidadania, por exemplo, seja tratada como um tema transversal e não como uma disciplina em separado", afirmou Paulo Renato, que participou em São Paulo do Seminário Internacional de Políticas Públicas do Ensino Médio. Os conteúdos agrupados sob o título "Convívio Social e Ética" fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais -um extenso trabalho de formulação de propostas curriculares para o 1º grau público e particular do país. A idéia dos parâmetros é que eles sejam exatamente o que o nome indica: parâmetros. Assim, não haverá obrigatoriedade de que qualquer escola ou rede os siga. Os temas transversais poderão ser abordados de diversas formas -desde a aula de história que pode tratar da cultura do negro, até peças teatrais que podem tratar da sexualidade do jovem. Os parâmetros servirão, também, para que editores de livros didáticos tenham uma referência dos conteúdos que o MEC quer que sejam ensinados no país. Segundo o ministro, os parâmetros curriculares de "Convívio Social e Ética" são "a consolidação do que de melhor já se produziu no país nessa área". "No Sul e Sudeste há muitas experiências, mas em outras regiões não. As pessoas devem ter a perspectiva do Brasil para entender a proposta", disse. Texto Anterior: Rio lança campanha de combate à poluição Próximo Texto: Senado aprova novo Código Índice |
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