São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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Menem quer flexibilizar leis trabalhistas
DANIEL BRAMATTI
Integrariam o plano emergencial de combate ao desemprego medidas como a extinção das indenizações por demissão e a redução de contribuições patronais, segundo o jornal "La Razón", de Buenos Aires. As medidas, porém, seriam válidas apenas para as novas contratações e limitadas às pequenas e médias empresas (com menos de 40 funcionários). Exigência dos empresários A intenção de aprofundar a flexibilização trabalhista foi manifestada por Menem recentemente, durante uma visita oficial à Malásia. A medida atenderia a uma das principais exigências dos empresários, que culpam os altos custos dos trabalhadores pelo elevado índice de desemprego (17,1%, segundo a última estimativa oficial, divulgada em junho). Em uma de suas primeiras entrevistas no cargo, o ministro Roque Fernández (Economia) admitiu a possibilidade de extinguir as indenizações trabalhistas. Depois, por causa das reações contrárias dos sindicatos, recuou e negou que o assunto estivesse em estudo. Se Menem confirmar o fim das indenizações, estará comprando mais uma briga com a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), que ameaça convocar uma nova greve geral contra a política econômica. A central sindical já se manifestou contra qualquer modificação na lei que regula os contratos de trabalho. Riqueza Riqueza A decisão do Congresso de dobrar a alíquota do chamado imposto sobre a riqueza (cobrado de todos os cidadãos que têm mais de US$ 102 mil em bens) continua provocando polêmica. Ontem, o principal ataque partiu do presidente da Bolsa de Buenos Aires, Júlio Macchi. Ele considerou a iniciativa "uma loucura total", pois desestimularia a capitalização e afastaria investidores. Texto Anterior: Campanha leva senadores a adiar votação do fim do ICMS Próximo Texto: Taxa de desemprego em seis regiões do país recua em julho Índice |
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