São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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Consumo de cereais aumenta 233%
FÁTIMA FERNANDES
Ontem foi a vez da Nestlé, gigante do setor de leite, anunciar sua entrada ao lançar cinco produtos, dois meses depois da Mococa colocar no mercado sua linha com seis versões. A Parmalat e a Arisco também preparam seus lançamentos. A Folha apurou que as duas empresas devem estar com suas linhas de cereais matinais nos supermercados até o final deste ano. Até que seus produtos estejam prontos para competir nos pontos-de-venda, ambas não comentam o assunto. Por ser dominado pela Kellogg's, essas e outras empresas têm interesse em disputar esse mercado, tanto pelo potencial de crescimento como pelo alto valor agregado do produto. A Nestlé estará com sua linha no mercado já no início de setembro. Ela vai importar os cereais do México, da França e de Portugal, países onde faz esses produtos em sociedade com a General Mills, dos Estados Unidos, um dos maiores fabricantes do mundo. A meta, em um ano, é deter 15% do mercado brasileiro de cereais matinais, no qual também participam a Nutrifoods, com 10%, a Superbom, com 10%, entre outras. Dirceu Pereira Jr., gerente de marketing para a linha de cereais matinais da Nestlé, diz que o potencial de crescimento desse produto no Brasil é muito grande e foi favorecido com o Plano Real. Em 1995, estima Pereira Jr., o consumo de cereais matinais no país foi de aproximadamente 6.000 toneladas. No ano passado, saltou para 15 mil toneladas. A expectativa para este ano é chegar em 20 mil toneladas. No entanto, o consumo per capita no país, diz ele, é baixo: 100 gramas por ano. Na Europa é de 1 quilo por ano, e nos Estados Unidos, de 5 quilos por ano. "Com a estabilização da moeda e a abertura do mercado, o produto se tornou mais acessível. O preço por quilo caiu." Ele não revela os preços com que os cereais matinais da Nestlé vão chegar ao mercado. Diz, porém, que eles serão competitivos. Para mostrá-los ao consumidor, a Nestlé vai gastar R$ 5 milhões numa campanha publicitária que começa a ser veiculada na TV a partir de outubro. A estratégia é testar o mercado. Se o produto for bem aceito, a Nestlé poderá fabricá-lo no Brasil também em parceria com a General Mills. Sem reclamações A diretoria da Mococa, que há 60 dias está disputando a venda de cereais matinais no Brasil, informa que não tem de que reclamar. Sem revelar números, Paulo Remy, diretor comercial, diz que as vendas estão indo de acordo com o planejado. Assim, em um ano, a empresa quer estar participando com 5% da venda de cereais matinais no país. "Esse é um mercado muito atraente." A Mococa contratou uma empresa para fabricar a sua linha no Brasil. Texto Anterior: EUA superam expectativa e crescem 4,8% Próximo Texto: 'Família' vai decidir alta, diz Arriortúa Índice |
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