São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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Luxemburgo monta milícia particular Com medo de sequestro, técnico protege família ALEXANDRE GIMENEZ
Essa lista foi descoberta no mês passado pela polícia paulista com sequestradores. Na casa do técnico, no Rio de Janeiro, o serviço de segurança funciona 24 horas por dia. Três grupos de profissionais se revezam na vigilância da mulher e três filhas de Luxemburgo. Quando está em São Paulo, o técnico tem um segurança próprio, Fernando Lafaiete, que comparece a treinos e jogos da equipe do Palmeiras. Nos treinos, o segurança fica sentado num banco ao lado do campo. Ele também dirige o carro do treinador. "Essa lista me deixou preocupado. Ter seguranças não é uma coisa de que eu goste. Tira a liberdade da família", disse o técnico. "Por mais que ele tente, não tem como ser discreto. A gente acaba perdendo a liberdade", afirmou Luxemburgo, referindo-se ao guarda-costas. Figura pública O técnico acha que, por ser uma figura pública, comentários sobre possíveis sequestros são mais frequentes. "Uma pessoa pública fica muito exposta. Todo mundo te conhece e você não conhece ninguém", disse o treinador. Luxemburgo disse que é muito difícil se desligar da imagem de treinador de futebol. "Sempre quando olham para mim as pessoas enxergam o treinador. Não dá para separar." O técnico disse que não tem medo dos torcedores de futebol. "Eles, mesmo os que torcem por outros times, me respeitam muito", disse. Luxemburgo acrescenta que, se ele ou um familiar fosse vítima de sequestro, não teria recursos para pagar um resgate alto. "Sou um profissional bem remunerado, mas não sou uma pessoa rica", finalizou o técnico palmeirense. Próximo Texto: Técnico diz que violência urbana assusta Índice |
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