São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996 |
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FHC defende 2º mandato em jantar LUCIO VAZ LUCIO VAZ; MARTA SALOMON
FHC disse que a reeleição não é importante para ele, mas para o país, porque iria aperfeiçoar o sistema eleitoral e garantir a continuidade administrativa. Ele afirmou que a aprovação não implica sua reeleição automática. Disse que, para ser reeleito, primeiro terá de ser candidato. Na companhia do ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) e do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), FHC conversou com os deputados por mais de três horas. O anfitrião serviu frango empanado ao molho doce e filé com pistache. A bebida variou dos uísques Johnnie Walker (12 anos) e Swing ao champanhe francês Cristal, que custa R$ 220 a garrafa. FHC manifestou otimismo em relação à situação econômica do país. Voltou a dizer que o brasileiro está comendo melhor com o Plano Real. Mas disse que está preocupado com a lentidão das reformas constitucionais e da modernização da economia. O deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), organizador do jantar, afirmou que o presidente precisará manter o apoio do tripé PMDB/PFL/PSDB para aprovar a emenda da reeleição. PMDB FHC já conta com o PMDB no debate da reeleição neste ano, apesar da decisão que o partido tomou há cinco meses. Ele foi informado sobre consulta do líder Michel Temer (SP) entre os deputados do partido. Na segunda maior bancada da Câmara, 55% são favoráveis à reeleição, 28% estão indecisos e 16% são contra. "O presidente ficou feliz", disse Temer. Assim como o PPB do prefeito Paulo Maluf (São Paulo), o PMDB optou por se definir sobre a reeleição apenas no ano que vem. A ata da convenção de março é o principal trunfo do presidente do partido, deputado Paes de Andrade (CE), para atacar a reeleição de FHC e sustentar o lançamento de um candidato próprio à eleição presidencial de 1998. Paes busca o apoio da oposição à FHC para sua candidatura à presidência da Câmara. Igualmente candidato ao cargo, Temer insiste que o partido não pode ficar alheio ao debate. O líder afirma que o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), vai abrir o debate da emenda da reeleição com ou sem o PMDB. Segundo ele, a convenção do PMDB adiou a decisão do partido, mas sua participação. Texto Anterior: Presidente faz elogio a Alencar Próximo Texto: Prefeitos culpam Collor por falta de verba Índice |
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