São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996 |
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Bumba Meu Boi de Axixá; Dombar & Delley; Tchê Brasil Bumba Meu Boi de Axixá Coleção regional/norte, da gravadora Atração (SP) É o tipo do som que pode até encantar o estudante "cabeça" de Antropologia ou o maranhense saudoso da sua terra, mas é cansativo para ouvir somente por lazer e distração. Junto com o espetáculo do bumba-meu-boi, nas ruas de São Luiz, o som até que é empolgante, com as suas letras que falam das morenas de Axixá. Em uma cidade hoje tomada pelo reggae e suas variações, o espaço para as danças do boi maranhense têm sido cada vez mais reduzidos em São Luiz. Agonizante, essa apresentação folclórica tende a virar peça de museu. Dombar & Delley Viola Soberana, interior de São Paulo, da gravadora Paradoxx (SP) O disco tenta resgatar as modas de viola e "cateretê" dos rincões interioranos de São Paulo. A melhor faixa fica por conta da música "Rodeio, Mulher e Viola". No seu conjunto, o resultado do CD parece muito caricatura dos tradicionais violeiros. As tentativas de letras sobre temas políticos, como a corrupção, por exemplo, não pegam bem. Não há poesia nas irregularidades de Brasília. A dupla cai também na tentação da guarânia, com a música "Sucesso Total", uma tentativa de erotismo rural e ecológico, mas com versos e rimas muito pobres. Tchê Brasil Coleção regional/sul, gravadora Atração (SP) É aquela música gaúcha tradicional com um tempero mais bem-humorado. Como se fosse um Teixeirinha, velho ídolo do acordeon dos pampas, mais "moderninho". No mesmo gênero, a nova onda folclórica tem mais dois representantes da região: Thiago José, com o disco "Piá Gaiteiro", e Cristaldo de Souza, com "Oito Baixos". Texto Anterior: Mestre Ambrósio assimila forró e pop Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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