São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996 |
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Cientistas pedem ação contra pedofilia
GILBERTO DIMENSTEIN
O manifesto vai ser lido pelo físico holandês Simon van der Meer no último dia do encontro sobre exploração sexual de crianças. "É inaceitável que crianças sejam tratadas como se fossem produtos", diz o documento. O texto vai demonstrar apoio às medidas previstas no relatório final, a ser divulgado hoje, depois de cinco dias de discussão. A idéia essencial é aumentar a colaboração internacional, criar leis mais duras e punir responsáveis pela exploração e tráfico. "É inaceitável que cidadãos de países ricos possam abusar sexualmente de meninas em países pobres sem que sejam punidos", afirma o texto. Turismo e militares Os ganhadores de Prêmio Nobel pedem que sejam tomadas medidas mais duras contra o turismo sexual, além da colaboração de hotéis, agências de turismo e companhias aéreas. Também é feito um apelo aos militares que, segundo os relatos divulgados em Estocolmo, são responsáveis por abusos sexuais. Segundo o texto, "todas as medidas devem ser tomadas para evitar que os soldados se envolvam em prostituição infantil." Eles apóiam a tese defendida pela rainha Sílvia, da Suécia, derrotada no Parlamento -material pornográfico envolvendo crianças deveria ser proibido. A maioria dos deputados considerou que essa proibição fere o direito de expressão. Também há um pedido para que medidas sejam tomadas contra a divulgação de pornografia via Internet (rede de computadores). Outra proposta do relatório final ganhou apoio no manifesto: a criação de um banco de dados internacional para que sejam trocadas informações sobre traficantes ou exploradores sexuais. A delegação americana propôs que uma lista negra fosse publicada na Internet, o que permitiria a qualquer um se prevenir -a medida, porém, é criticada por americanos que vieram a Estocolmo, considerando-a eleitoral. Próximo Texto: Bélgica aprova novas medidas Índice |
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