São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Rio sai atrás dos votos 'nacionais' do COI

MÁRIO MAGALHÃES
DA SUCURSAL DO RIO

O Rio começa em minoria no COI a batalha para abrigar os Jogos de 2004, mas vai tentar reverter o quadro com o mais intenso lobby já feito pelo Brasil no exterior.
A decisão final sobre a cidade-sede da Olimpíada será em 5 de setembro do ano que vem, na 106ª sessão do COI, um colégio eleitoral de 114 membros.
O único voto já declarado para a capital fluminense é o do único brasileiro que integra a entidade, João Havelange.
Outras candidatas também só têm um voto assegurado por conterrâneos, como San Juan (Porto Rico), Buenos Aires (Argentina) e Cidade do Cabo (África do Sul).
Saem na frente Roma (Itália) e Estocolmo (Suécia), com quatro eleitores de seus países. Depois aparecem Sevilha (Espanha) e São Petersburgo (Rússia), com três. Lille (França), Atenas (Grécia) e Istambul (Turquia) têm dois votos.
O plano do Rio prevê a visita e o convite para vir ao Rio de todos os integrantes do COI.
Até abril, quando serão escolhidas as quatro ou cinco finalistas entre as 11 candidatas, estão proibidos contatos "políticos" com os integrantes do COI.
O regulamento da concorrência permite que, antes de abril, cada cidade envie um presente de até US$ 50 para os eleitores. O Comitê Rio-2004 pensa em ofertar um CD de música brasileira e um livro com imagens cariocas.
Entre os integrantes do COI, há cerca de dez nobres europeus, como a princesa Anne, da Inglaterra, e o príncipe Albert, de Mônaco.
Cada eleitor será visitado por uma comissão que terá, seguramente, um conhecido seu.
O Rio-2004 planeja, por exemplo, convidar o empresário Mário Garnero para conversar com o príncipe Albert, seu amigo.
(MM)

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