São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Construtoras trocam espaço por serviços

DA REDAÇÃO E DA REPORTAGEM LOCAL

Para assegurar boa qualidade de vida aos moradores de apartamentos compactos, as construtoras têm de oferecer serviços adicionais na área comum dos edifícios.
Esses serviços vão desde as tradicionais áreas de lazer, como playground e churrasqueira, até lavanderias de uso coletivo.
Em alguns empreendimentos da Constrac, por exemplo, uma área no térreo é destinada para servir como vestiário e banheiro de empregadas e diaristas, a fim de suprir a falta da dependência eliminada dos apartamentos.
Posição
"Os incorporadores diminuem a área interna, mas oferecem mais espaço externo", diz o engenheiro Andrea Piccini, professor do Departamento de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP.
Ele explica que grandes áreas não são sinônimos de boa qualidade de vida em um apartamento.
Outros fatores que influem até com maior importância são a insolação e a ventilação do imóvel.
"A nível internacional, o que se busca é assegurar a saúde do morador dentro do pouco espaço disponível", afirma Piccini.
O que também ajuda a determinar o padrão de vida em um apartamento é a infra-estrutura da região em que o prédio está localizado. Piccini afirma a redução do tamanho dos imóveis é um fenômeno não só de São Paulo, mas também de outras metrópoles, como Cidade do México e Tóquio.
Preços
"Hoje, é o preço do m2 que conta", afirma o professor da USP.
Valter Chammas, diretor da Constrac, diz que o apartamento compacto é feito com os custos de um de dois dormitórios e, por isso, é vendido por preço similar.
Daí sua competitividade. Segundo ele, a resposta do consumidor a esse tipo de imóvel é "excelente".

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