São Paulo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996 |
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Exercício aumenta sua inteligência Conceito vem sendo revisto pelos estudiosos PATRÍCIA CERQUEIRA
Nesta espécie de Olimpíada mental, imagina-se, por exemplo, que os cérebros mais "musculosos" induzem a um comportamento mais retraído quando disputa uma medalha por relacionamento pessoal. É um engano. Os superinteligentes, diz Christina Cupertino, 45, doutora em psicologia, "têm um padrão de desempenho, tanto intelectual quanto social, acima da média". É o caso do estudante Jefferson Ares, 17, que confirma a teoria de Cupertino. Ele diz adorar exercitar os "músculos" da inteligência não só escrevendo, mas também se divertindo com os amigos. Por causa do comportamento desses "superatletas", o conceito de inteligência vem sendo revisto. O superdotado dos anos 90 é aquele que controla suas emoções. Lara Silbiger, 15, por exemplo, aluna nota dez, diz não enfrentar problemas com os amigos da mesma idade, apesar de normalmente chegarem ofegantes ao final de uma maratona cerebral. Para manter a saúde da inteligência, Lara joga tênis, faz teatro, inglês, escreve para dois jornais (pequenos). Pensar é o único esporte em que não é proibido o uso de estimulantes. Os mais recomendados são os livros. Mesmo assim, nem o consumo de uma biblioteca inteira é capaz de transformar alguém em um Leonardo da Vinci. "Todo mundo tem seus limites", diz Cupertino. "Se alguém nasce para medir 1,75 m, com os exercícios pode até chegar a 1,80 m, mas nunca a 2 m e vice-versa", diz Barros Santos, autor do livro "Superdotados: Quem são? Onde estão?" (Editora Pioneira). Texto Anterior: "Fã de Eliane", Chico Lopes; "Hissing Prigs in Static Couture", Brainiac; "A Primeira Vez que Você me Beijou", Little Quail and the Mad Birds Índice |
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