São Paulo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996
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"Invasão" joga fora carisma e beleza de Sharon

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Há bombas e bombas. Como todo espectador é um voyuer, "Invasão de Privacidade" é daquelas que deixam o espectador curioso. Começa pelo bom título, sobretudo se aplicado à bela Sharon Stone.
Mas o espectador não é o único voyeur da história. Há mais um sujeito, disposto a usar a mais moderna tecnologia para conquistar garotas, espionar os outros e dominar as pessoas.
Quem se lembra de "Os Mil Olhos do Dr. Mabuse", o desaparecido último filme de Fritz Lang, sabe que "Invasão" é só um decalque. Isso é aceitável: partir de um grande filme para fazer outro não é novidade, nem é condenável.
Agora, fazer o espectador rodar em torno de um falso mistério (com duas cenas sabe-se quem é o culpado), enquanto só o filme finge não conhecê-lo, é um desperdício. De tempo, por certo. E da beleza, carisma e talento de Sharon Stone também.
(IA)

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