São Paulo, segunda-feira, 2 de setembro de 1996
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Jô Soares revela Yara Figueiredo

MARISA ADÁN GIL
DA REPORTAGEM LOCAL

Com apenas oito apresentações no currículo, Yara Figueiredo, 28, virou alvo da atenção das gravadoras e da mídia.
Entre os dias 17 e 21 de junho passados, a cantora fez o show de abertura para Jô Soares no Metropolitan, no Rio.
Ganhou comentários favoráveis da imprensa e um convite da PolyGram. Ela recusou.
"Seria muito precipitado gravar um disco agora", diz Yara, que falou à Folha por telefone, do Rio. "Tenho que malhar mais. Dá para contar nos dedos os shows que já fiz em casas noturnas do Rio."
O repertório atual inclui "Milagre", de Dorival Caymmi, "Revolta Olodum", do Olodum, "Little Tear", de Eumir Deodato, e "Milagres do Povo", de Caetano. Inéditas, apenas duas composições de João Nabuco, "O Preto que Canta" e "Sambá". As duas já foram registradas em estúdio, para um futuro lançamento.
Nas gravações, Yara contou com a participação do Olodum e da banda Didá -a mesma que toca com Caetano e Gal Costa na trilha do filme "Tieta do Agreste".
Como Belô, Yara evita chamar o que faz de MPB. "Não sei definir, é uma mescla de estilos diferentes, com instrumentos inusitados e uma coisa pop."
Demo de luxo
O primeiro disco da cantora deveria ser produzido pelo violonista Raphael Rabello -um dos maiores instrumentistas do país, morto em abril de 1995.
"Ele se ofereceu para produzir", diz. Antes, o violonista já havia participado da fita demo da cantora, tocando violão em "Águas de Março" -o clipe da canção é veiculado pela MTV.
A fita era parte das exigências do curso de canto que fez no Musicians Institute, em Los Angeles, entre 94 e 95.
Gravando com músicos do próprio curso, Yara registrou ainda suas interpretações para "Se", de Djavan, e "Bridges" -versão em inglês de "Travessia", de Milton Nascimento.
A cantora, filha da socialite Yolanda Figueiredo, passou 13 anos fora do Brasil -morou na Suíça e em Boston, onde estudou estilismo. Voltou de vez há um ano.
Nos dias 6 e 7 de setembro, faz duas apresentações na casa Ritmo, no Rio. Depois, pretende mostrar seu trabalho em outras cidades. O disco só deve sair em 1997. (MAd)

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