São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Sinal vermelho; Catastrofismo gringo; Sinal amarelo; Atestado de sanidade; Globo contra Folha 1; Globo contra Folha 2; Gato escaldado; Sob medida; Efeito Orloff; Receita antiga; Passo para trás; Raciocínio político; Aprendiz de feiticeiro; Efeito Duda Mendonça; Altruísmo puro; Paternidade alheia; Visita à Folha

Sinal vermelho
Relatório da corretora americana Merryl Lynch, de 19 de agosto, considera as ações argentinas "dead money (dinheiro morto) até que um acelerado programa de reestruturação seja posto em prática" pelo governo.

Catastrofismo gringo
A Merryl Lynch avalia que não terá efeito o pacote econômico adotado após a queda de Domingo Cavallo. Acha que só novas medidas podem melhorar a situação econômica da Argentina.

Sinal amarelo
No relatório de 19 de agosto, a corretora americana Merryl Lynch avisa que, no Brasil, há problemas estruturais ressurgindo. E identifica uma fuga de capitais, que tende a se acelerar.

Atestado de sanidade
Julio Gaiger (Funai), que embarcou ontem para a Europa, levou fotos da cerimônia do Quarup. Para provar que não é doido. A tinta de jenipapo que tem no rosto leva dez dias para sair.

Globo contra Folha 1
A Rede Globo colocou anúncio na edição de hoje da Folha, atacando o jornal e defendendo-se da suspeita de favorecer o candidato Conde (PFL) na distribuição de anúncios eleitorais em seu horário nobre.

Globo contra Folha 2
O motivo do ataque foi reportagem da Folha que informava da suspeita, levantada pelo PSDB do Rio, registrando devidamente a versão da emissora.

Gato escaldado
Depois do caso Proconsult e da famosa "edição" do debate entre Collor e Lula em 89, a Globo está sob permanente suspeita de manipulação eleitoral. Suspeita que só cresce quando ela vem a público para se explicar.

Sob medida
No pacote da reeleição, o Planalto deve incluir a permissão para que filhos de governadores e prefeitos possam concorrer a cargos no Executivo. Endereço: Miguel Arraes (PSB) e sua prole.

Efeito Orloff
A crise na Argentina acendeu luz amarela no Planalto. Especialmente, pelas lições que podem ser tiradas da disputa de Menem com os sindicatos.

Receita antiga
Na esteira da crise argentina, o Planalto pretende desencalhar o projeto do contrato de trabalho por tempo determinado. Posto pelo PSDB em banho-maria, por receio de que sua aprovação prejudicasse a candidatura Serra.

Passo para trás
Cesar Maia recuou na defesa da reeleição. Após falar com Maluf, viu que era melhor esperar. Agora, diz: "Estudarei o assunto após a eleição. Por hora, adoto a posição da Executiva do PFL".

Raciocínio político
Maluf fez a seguinte ponderação a Cesar Maia: se a reeleição não passar, o carioca seria eleito facilmente governador do Rio, pois não teria que enfrentar Marcello Alencar. E mais: seria opção presidencial do PFL.

Aprendiz de feiticeiro
Candidato de Collor a prefeito de Maceió, Pedro Vieira estava em primeiro nas pesquisas até decidir contratar um guru. Chamou o ex-porta-voz Cláudio Humberto e caiu para terceiro.

Efeito Duda Mendonça
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, vai propor que a legislação da eleição de 98 "não permita produções nos programas de TV dos candidatos". Ele considera, por exemplo, "enganosa" a propaganda malufista.

Altruísmo puro
A proposta de José Aníbal para 1998 é pôr apenas o candidato no programa de TV. "As atuais produções são caras e permitem enganar o povo. Muitos candidatos não têm como pagá-las."

Paternidade alheia
O publicitário Duda Mendonça, que faz a campanha de Pitta, diz: "Não vendo mágica. O PSDB não entende isso". Afirma que o desempenho de Pitta "é resultado do trabalho de Maluf".

Visita à Folha
O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, José Aristodemo Pinotti, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do coordenador de Comunicação da campanha, Simon Widman.

TIROTEIO
De Duda Mendonça, sobre idéia de José Aníbal (PSDB) de acabar com "produções de TV": - Outro dia o Serjão defendia ampla liberdade e criticava a censura, agora um deputado quer a volta da Lei Falcão. O PSDB precisa se entender.

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