São Paulo, quinta-feira, 5 de setembro de 1996 |
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Rainha quer negociação direta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Sem acesso ao ministro Raul Jungmann (Política Fundiária), a coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) vai tentar agora negociar a reforma agrária diretamente com o presidente Fernando Henrique Cardoso.José Rainha Júnior, um dos coordenadores do MST, deixou claro que sua intenção é "ignorar" Jungmann. "Se podemos falar com Deus, não vamos falar com anjo", disse. Rainha considerou que FHC está "caçando cabelo em ovo" ao declarar que parte do movimento dos sem-terra está atrapalhando a reforma agrária. As declarações do presidente foram feitas anteontem em Cochabamba, na Bolívia. Gilberto Portes, também coordenador do MST, acusou o governo de "incompetência" ao responder às críticas sobre radicalismo feitas por FHC. A estratégia do MST de abrir negociações também envolve outros Poderes. Ontem, Rainha e Portes conversaram com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Sepúlveda Pertence. Acompanhados do senador José Dutra (PT-SE), eles pediram ao STF "sensibilidade" nas decisões sobre processos de desapropriações de terras. Segundo eles, 80% das liminares concedidas pelo STF nesses processos beneficiam os fazendeiros com a suspensão das desapropriações. Eles pediram rapidez entre a decisão liminar e de mérito. Texto Anterior: MST faz caminhada para Aparecida Índice |
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