São Paulo, quinta-feira, 5 de setembro de 1996
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PM estuda mudança de nome

Órgão quer alterar imagem

RODRIGO VERGARA

A Polícia Militar de São Paulo estuda mudar o nome da instituição.
A alteração faz parte de uma estratégia de marketing que pretende mudar a imagem ostensiva da corporação, disse ontem o coronel Wagner Cintra, que chefia a seção de ensino e instrução da PM.
A mudança do nome está sendo analisada pelo Estado Maior e pelo Comando da PM e ainda será submetida ao governo do Estado.
A "nova adjetivação da PM", como diz Cintra, pode ficar próxima da antiga denominação da corporação: Força Pública de São Paulo.
Outras mudanças, que fazem parte da mesma estratégia, já foram implementadas.
Segundo o tenente-coronel Jairo Paes de Lira, representante da Corregedoria da PM, o coldre foi elevado em relação à farda para evitar uma atitude ostensiva, mas habitual entre os PMs, de empunhar a arma dentro do coldre, como quem vai sacar o revólver.
Alterações na cor dos uniformes e substituição de cinturões e coldres por peças que exponham menos as armas também fazem parte de uma política de transformação da imagem da PM.
"Temos feito estudos para criar cada vez mais uma imagem menos impactante", diz Lira.
Lira e Cintra fizeram parte de um debate que fechou o Seminário Internacional de Estratégias de Intervenção Policial no Estado Moderno, promovido pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP.
Comunidade
A criação de uma polícia comunitária, que faz parte da estratégia divulgada pela PM, foi um dos temas mais defendidos no encontro.
"A experiência comunitária no Rio de Janeiro criou canais de comunicação entre a polícia e a sociedade que nunca tinham sido abertos", diz o norte-americano Sean Patrick Larvie, que estudou um projeto de polícia comunitária implantado no Rio em 94.
A opinião é compartilhada por Robert Shirley, antropólogo de Toronto (Canadá). "A polícia tem que ter maior integração social."

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