São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996 |
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Senador pede exame de paternidade
RAQUEL ULHÔA
Segundo orçamento do Laboratório de Análises Médicas Brasília, apresentado ao diretor-geral pela assessoria do senador, o exame custaria R$ 1.200, mais uma taxa de laboratório no valor de R$ 225. Amorim ainda não recebeu resposta ao seu pedido de que o Senado faça empenho prévio (previsão orçamentária para pagamento posterior) "para a execução de um exame do DNA". O despacho do chefe do Serviço Médico do Senado, Cid Nogueira, diz que o ato da Mesa que regulamenta o atendimento de saúde do Senado "não prevê a autorização de exames que não sejam de finalidade médica ou diagnóstica". O exame de DNA, segundo o médico, "é usado para resolver problemas não-médicos". O senador, que é divorciado há oito anos de Hélia Santana, não esconde o objetivo do exame. Uma ex-namorada de Rondônia, cujo nome não revela, afirma que ele é o pai de um menino de um ano. O senador informou por intermédio de sua assessoria que quer reconhecer a criança como seu filho se isso for comprovado pelo exame do DNA. Pai de Elma, 20, Daniela, 19, e Ernan, 16, o senador mandou a assessoria dizer à Folha que é um "pai responsável" e que quer apenas comprovar "oficialmente" se o filho é seu. Ainda segundo o assessor, o senador disse que sua intenção era que o Senado "descontasse posteriormente do seu salário" o valor do exame. Amorim assumiu seu mandato sob acusações de envolvimento com o narcotráfico em Rondônia, mas acabou sendo inocentado pelo Senado. Texto Anterior: Reverendo Moon busca apoio no Congresso Índice |
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