São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996 |
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Quadro é distante do real
ROGERIO WASSERMANN
Pouco do que se vê na pintura, entretanto, está próximo do que realmente aconteceu naquele 7 de Setembro. Pedro Américo pintou o quadro em 1888, 66 anos depois da independência. A tela retrata D. Pedro 1º montado em um cavalo sendo saudado por seus companheiros de viagem, que incluía a tropa cavalariana. Relatos históricos, entretanto, levam a crer que o príncipe regente, bem como seu séquito, subiu a serra do mar montado em uma mula. A Calçada do Lorena, principal caminho de ligação entre São Paulo e a Baixada Santista, só podia ser vencida a pé ou por mulas, devido à sua largura, de pouco mais de três metros, e à sua fragilidade. O local exato do grito de independência, devidamente localizado e identificado em setembro de 1825, se perdeu. A pedra que marcaria o local, no entanto, foi colocada a alguns metros de distância, porque ali era o centro da estrada de São Paulo a Santos. Depois de décadas de encontros e desencontros, a pedra se encontra hoje dentro do Museu do Ipiranga, em frente ao quadro de Pedro Américo. Do local do grito, ninguém sabe. (RW) Texto Anterior: Cenas da Independência se perdem Próximo Texto: O que abre e o que fecha no feriado Índice |
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