São Paulo, sábado, 7 de setembro de 1996
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Festival deve dividir prêmios

AMIR LABAKI
DO ENVIADO ESPECIAL A VENEZA

Serão conhecidos hoje os vencedores da forte 53ª Mostra Internacional de Arte Cinematográfica de Veneza. Parece inevitável uma ampla divisão dos prêmios.
O cinema britânico tem dupla chance de levar o Leão de Ouro, consagração máxima do evento, com "Carla's Song" (A Canção de Carla), de Ken Loach, e "Michael Collins", de Neil Jordan.
Há ao menos dois azarões. A crítica italiana apaixonou-se pelo gangsterismo minimalista e ítalo-americano de "The Funeral" (O Funeral), de Abel Ferrara. Não será surpresa, porém, se "Profundo Carmesi" (Carmim Profundo), do mexicano Arturo Ripstein, tiver arrebatado o presidente do júri, Roman Polanski.
Os derrotados na caça ao Leão de Ouro devem triunfar em categorias menores. Além dos citados, podem ser lembrados "The Ogre" (O Ogro), de Volker Schlõndorff, "Brigands" (Bandidos), de Otar Iosseliani, e até o decepcionante "For Ever Mozart" (Para Sempre Mozart), de Jean-Luc Godard.
A Copa Volpi de melhor atriz não deve fugir da pequena Victorie Thivisol, 4, que faz um solo de arrepiar como a "Ponette", do francês Jacques Doillon. A de ator deve entrar no jogo de compensações, podendo ir para Jeffrey Wright ("Basquiat"), Robert Carlyle ("Carla's Song"), Liam Neeson ("Collins") ou até para o político-tornado-ator Bernard Tapie ("Homem, Mulher: Modo de Usar", de Claude Lelouch).

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