São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Conheça o "eleitor-padrão" de 4 candidatos à Prefeitura de SP

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Nenhum candidato a prefeito se elegeria sem o voto maciço do paulistano localizado em algum ponto da base de três pirâmides simultâneas: a de renda, a de instrução e a de idade.
Nos diversos segmentos em que o eleitorado se divide, os picos nas porcentagens de intenção de voto têm uma incidência curiosa. É o que revela pesquisa do Datafolha, feita em 22 de agosto.
Celso Pitta (PPB) é um bom exemplo. Ele tem a maioria do eleitorado mais jovem. Mesmo assim, é na faixa dos 60 anos ou mais que ele registra a maior porcentagem de adesão a seu nome (52%).
O bairro em que Luiza Erundina obtém seus melhores índices é Itaquera (29%). Mas quando se fala em renda e em escolaridade, as melhores porcentagens contradizem o perfil daquela região.
A saber: 23% estão nas faixas de maior renda familiar (acima de 10 mínimos ou acima de 20 mínimos mensais) e 26% têm nível superior.
É Francisco Rossi (PDT) quem registra melhor aceitação entre os mais pobres (13% de suas intenções) e de menor instrução (13% entre os que têm só o primeiro ou o segundo grau).
Por fim, José Serra (PSDB) seria mais votado na Mooca (19%), prova de que foi bem recebida a propaganda que o caracteriza como nascido no bairro. O tucano está melhor junto ao eleitor de nível superior (10%), os mais pobres (10%) ou de maior renda (10%).

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