São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Cientista inocentada agora quer nova vida

Brasileira foi acusada de fraude nos EUA

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A bióloga brasileira Thereza Imanishi-Kari, 52, passou os dez últimos anos se defendendo da acusação de ter fraudado experimento científico feito em conjunto com o imunologista norte-americano David Baltimore, prêmio Nobel de Medicina em 75.
A experiência -sobre a mutação de células para a produção de anticorpos- só foi considerada legítima pelo Departamento Federal de Saúde e Serviços dos EUA em 21 de junho passado.
A primeira contestação surgiu em maio de 86, feita por Margot O'Toole, pós-graduanda orientada por Kari que participara da pesquisa.
Kari foi inocentada duas vezes em investigações feitas pelo MIT (Massachussets Institute of Technology) e pela Tufts University a pedido de O'Toole entre 86 e 88. O Instituto Nacional de Saúde dos EUA também a inocentou.
Entretanto, ela voltou a ser acusada de fraude em 89 pelo então deputado John Dingell -que presidia a Comissão de Energia e Comércio e controlava o dinheiro investido em pesquisa.
Agora, ela quer recuperar o tempo perdido e "voltar a pesquisar em paz". Kari é pós-doutorada em imunologia e vive fora do Brasil desde 1968. Em 81, mudou-se para Boston (EUA), onde é professora-assistente da Tufts University. Leia ao lado trechos da entrevista.

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