São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996 |
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Azerbaijão não crê em ar-condicionado The Wall Street Journal DO "THE WALL STREET JOURNAL" A opinião de que ar-condicionado faz mal à saúde é uma unanimidade em Baku, capital do Azerbaijão. Na cidade funciona o que foi a única fábrica dos aparelhos da ex-URSS, diz o jornal.Desde o colapso do comunismo, a receita da fábrica Bakkonditzioner despencou. "A fábrica foi incapaz de aderir ao contrabando, disciplina da livre-iniciativa que manteve vivas muitas das fábricas da ex-URSS", diz o "Wall Street". "Eu me lembro quando não havia ar-condicionado aqui. Tudo era legal", disse ao diário dos EUA Subkhan Akhund-Zade, diretor do departamento técnico-científico da empresa. Em sua sala onde um ar-condicionado funciona, ele conta como a história começou, relata o jornal. Um dia o então líder soviético Leonid Brejnev visitou Baku. Fazia muito calor e ele desmaiou. "Quando acordou, só falava de ar-condicionado", disse Akhund-Zade. A fábrica abriu em 1975 com licença para usar a tecnologia Toshiba (Japão) e capacidade para fabricar 400 mil aparelhos por ano, diz o "Wall Street". "Mas, 16 anos depois, quando a União Soviética deixou os negócios, a Bakkonditzioner foi cortada de seus clientes e fornecedores", escreve o jornal. CFC Ao contrário dos fabricantes de Baku, os fornecedores de matéria-prima aderiram ao mercado negro. O CFC russo que era usado nos aparelhos da Bakkonditzioner agora é contrabandeado para Miami, onde abastece o mercado local. Isso porque a maioria dos países -incluindo a Rússia- se comprometeu a não fabricar mais o produto, que destrói a camada de ozônio da atmosfera. A Bakkonditzioner não entrou no negócio do mercado negro por uma falta de agilidade, afirma o "Wall Street". "Os azerbaijanos fabricam o tipo errado de aparelhos de ar-condicionado: os que se adaptam à janela". Nos EUA, os aparelhos instalados em carros ainda usam o CFC e, assim, os fornecedores preferem vender diretamente para os EUA a ter de esperar que a fábrica se adapte, diz o jornal. Texto Anterior: Governo húngaro reinaugura a maior sinagoga da Europa Próximo Texto: França e EUA divergem em política externa Índice |
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