São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Trio elétrico

GABRIELA MICHELOTTI

"Era uma noite tempestuosa...", começa a contar Roberto Duailibi como foi o primeiro encontro de três lendas do meio publicitário brasileiro.
Depois de quase trinta anos juntos, muito se diz sobre eles. Inclusive que os três não se suportam mais. Verdade ou não, eles são as cabeças da DPZ, a segunda agência de publicidade do país em faturamento, "a primeira em simpatia e a que melhor paga seus funcionários", segundo Duailibi.
Não foi numa noite tempestuosa que eles se conheceram, mas sim numa festa da Thompsom, em 1957, local onde trabalhava a então namorada de Duailibi (hoje sua mulher), que o apresentou a José Zaragoza.
Depois, conheceram Francesc Petit, na McCann-Erickson, onde os três trabalharam juntos por pouco tempo (Duailibi ficou lá 20 dias).
Petit e Zaragoza também foram assíduos frequentadores dos famosos almoços da Dona Cecília, a mãe de Duailibi, que preparava uma mesa com muita comida árabe.
"Minha mãe era uma pessoa muito sociável e fazia almoços memoráveis, em que iam todos os publicitários, que na época ainda não tinham dinheiro para almoçar no La Tambouille", conta Duailibi.
Em 64, Petit e Zaragoza montaram o Metro 3 e contrataram Duailibi algumas vezes para "free-lances".
Em 68, os três fundaram a DPZ. "O primeiro sucesso da agência foi uma propaganda para a Fotóptica, que tinha por tema suborno, em 68, em pleno regime militar."
Depois de quase 30 anos e muitos leões em Cannes, os três continuam nas suas funções originais, Petit e Zaragoza como diretores de arte, e Duailibi como redator. (Gabriela Michelotti)

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