São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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BMW com novo motor é bom na cidade

JOSÉ CARLOS CHAVES
EDITOR DE VEÍCULOS

A mudança de motor do BMW 328i cumpriu seu objetivo: melhorar a dirigibilidade na cidade, onde -mais do que velocidade- o carro precisa ter torque (força) para garantir a devida agilidade no trânsito.
O 328i (com motor de 2.800 cc) substitui o modelo o 325i (com motor de 2.500 cc), que era o mais bem vendido da marca alemã.
Mais forte, o motor também contribui para aumentar o conforto na hora de dirigir em tráfego lento, pois não é necessário trocar de marchas a todo momento.
Baixa rotação
O único problema do novo propulsor é que, em rotações muito baixas (até 1.500 giros), falta ainda um pouco de mais força para deslocar com mais agilidade os seus 1.395 kg.
Mas tudo isso muda a partir dos 2.000 giros. As respostas a um leve toque no acelerador tornam-se rápidas, e fazer qualquer manobra de ultrapassagem é uma moleza.
Consumo
Toda essa reformulação ajudou a reduzir em cerca de 5% o consumo de combustível. O 328i faz uma média de 8,6 km/litro na cidade e 12,8 km/litro na estrada (em velocidade constante de 120 km/h).
O desempenho também não decepciona: velocidade máxima de 236 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos, de acordo com os dados de fábrica.
O nível de ruído é outro ponto positivo. Com o carro parado e os vidros fechados, é difícil perceber se o motor está ligado ou não.
O conforto interno do carro é complementado por diversos equipamentos.
O modelo avaliado pela Folha dispunha de revestimento em couro, regulagem elétrica dos bancos, ar-condicionado automático, computador de bordo, piloto automático, toca-fitas com toca-CD e teto solar elétrico. O carro custa US$ 89,5 mil.
Por esse preço, o consumidor dispõe de airbag (bolsa de ar que infla em colisões) para motorista e passageiros e controle de tração, que evita a derrapagem das rodas.
Entre tantas virtudes, alguns pequenos defeitos ainda atrapalham a vida do motorista.
Para acionar a trava central no modelo de duas portas, por exemplo, é preciso acionar o pino que fica na extremidade da porta, quase atrás do banco. Um botão no painel evitaria o contorcionismo.
A visibilidade traseira é prejudicada pelo pequeno espelho retrovisor interno e pelos apoios de cabeça no banco traseiro.
Para um carro desse valor, a regulagem de profundidade do volante seria bem-vinda.
O engate da ré também podia ser melhorado -está muito perto da primeira marcha. Durante o período de avaliação -sete dias e 610 quilômetros rodados-, a ré foi engatada acidentalmente duas vezes, quando na verdade se tentava engatar a primeira marcha.

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