São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996 |
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Trânsito cria escritórios ambulantes Carro recebe eletrônicos MTL
Para montar uma filial motorizada do ambiente de trabalho, o que conta é a imaginação -e, lógico, dinheiro disponível. Mas, antes de mais nada, o motorista deve se lembrar de que é proibido operar telefones celulares e aparelhos eletrônicos enquanto dirige -não é permitido guiar com apenas uma mão no volante. Parado ou com alguém ao comando do carro, é só aproveitar o tempo da melhor forma possível. Unidade móvel A produtora de eventos Claudete Cotrim, 46, por exemplo, chama seu Tipo de "unidade móvel". Não é para menos. Como passa a maior parte do dia visitando clientes, ela instalou no carro uma parafernália eletrônica -valor estimado de R$ 6.000. Equipou o Tipo com dois telefones celulares, agenda eletrônica, gravador, duas câmeras fotográficas, notebook (microcomputador portátil), fax e televisão. Improvisou também um pequeno guarda-roupas, onde carrega sapato social, meias, blazer, gravatas, secador e gel para cabelo -as peças masculinas são para seu sócio, que sempre a acompanha. "Já me troquei dentro do carro para participar de uma reunião importante." Madrugada O importador Julio Roberto Borneo, 45, nunca entra no carro sem o notebook e o telefone celular. "Já cheguei a fechar negócios de madrugada, quando ia buscar os filhos numa discoteca." Edemar Cid Ferreira, 53, presidente do banco Santos e da Fundação Bienal, é outro do time dos "trabalhadores sobre rodas". Ele diz gastar, no mínimo, duas horas diariamente em seu Mercedes-Benz 500, equipado com três telefones (dois celulares e outro, do próprio veículo). "Enquanto estou no trânsito, despacho por telefone, faço relatórios e leio jornais. É um modo útil que encontrei para não perder o dia nos engarrafamentos." Aula É possível aprender inglês no meio do trânsito? Para o professor norte-americano Brian Weymuuth, 50, a resposta é sim. Ele conta que fez essa proposta a um aluno que sofria com a falta de tempo para seguir o curso. "Resolvi ir até a casa dele, pela manhã, e acompanhá-lo até o trabalho. No caminho, dei uma aula de conversação, com auxílio de livros e fitas." Weymuuth resolveu estender a experiência a outros alunos. "Não é o meio mais indicado para aprender, mas temos de nos adaptar às circunstâncias", diz o professor, que cobra R$ 30 por uma aula de uma hora. Texto Anterior: Lojas vendem três tipos de protetores de caçamba Índice |
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