São Paulo, terça-feira, 10 de setembro de 1996 |
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Renato Gaúcho vence como técnico, mas ainda quer jogar
CRISTINA RIGITANO
"O presidente não manda nada. Já pedi ao Departamento Jurídico entrar com ação na CBF para que o Santos perca cinco pontos por ter escalado o colombiano Usuriaga. Pelo menos vai ter que ter outro jogo", disse. O Fluminense pretende contratar o técnico Telê Santana para treinar o time ou coordenar o departamento de futebol do clube no ano que vem. O ex-técnico do São Paulo esteve na concentração do Fluminense para o jogo contra o Inter. Após quatro derrotas, o Fluminense venceu o Inter na estréia de Renato como técnico. * Folha - Qual foi a mudança que você fez no Fluminense para levar o time à vitória? Renato Gaúcho - Não dá para fazer alterações táticas em dois dias. Falo a língua dos jogadores. Levei o time na conversa. Dei esporros e disse que para jogarem com amor à camisa. Folha - Gostou de ser técnico? Você dirige o time até quando? Renato - Foi bom, mas não continuarei. Quero voltar a jogar. Só fico até o jogo contra o Cruzeiro (amanhã). Folha - E se a diretoria não fechar com ninguém até sábado, quem será o técnico contra o Sport, em Recife? Renato - Aí continuo. Folha - O Ricardo Rocha se transferiu para Newell's Old Boys, da Argentina, mas disse que volta para ser seu axiliar técnico. Há chances? Renato Gaúcho - Acho legal, mas não agora. Quero jogar mais dois anos. Folha - O seu joelho melhorou? Quando voltará a jogar? Renato Gaúcho - Daqui a uma semana ou dez dias estarei pronto para voltar. Na recuperação apareceu uma dorzinha, mas é normal. Melhorou muito. Folha - Os jogadores sugeriram que você jogasse e dirigisse o time ao mesmo tempo. Renato Gaúcho - Quer me enlouquecer? Aí acabo não fazendo nada direito. Não jogo nem dirijo. Folha - Quem é o técnico mais cotado para assumir o time? Renato Gaúcho - O Telê Santana tem problemas de saúde e não poderá assumir. O meu nome era o Valdyr Espinosa, mas é impossível. Vamos ver como fica a situação do Eduardo Amorim no Atlético-MG. Gosto muito dele. Falei no Carlos Alberto Torres, mas a diretoria veta. Folha - Você concorda com o apoio do presidente Gil Carneiro de Mendonça ao Santos? Renato Gaúcho - Ele não manda nada. Vamos entrar com ação para que o Santos perca cinco pontos e para marcar outro jogo. A situação já está difícil e o presidente ainda joga contra. Não conversei com ele. Não quero papo. Texto Anterior: Seleção feminina administra desgaste Índice |
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