São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996
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ENTENDA A CRISE

DA REDAÇÃO

A crise política colombiana, uma das mais graves da história do país, começou em 28 de julho de 1995, quando o ex-tesoureiro da campanha de Ernesto Samper (pronuncia-se Sampér) admitiu à Procuradoria que o cartel de Cali fez doações de US$ 6 milhões ao político.
Samper afirmou em seguida que a campanha podia ter tido dinheiro ilegal, mas disse que o desconhecia. A crise se acentuou quando, em agosto, o ministro da Defesa, Fernando Botero Zea, renunciou e foi preso. Ele havia sido o diretor-geral da campanha.
No final do ano passado, Samper foi absolvido pela primeira vez pela comissão da Câmara que investigava o caso. Os parlamentares disseram que não havia provas -caso houvesse, Samper poderia ter sido suspenso e sofrido impeachment, em um processo semelhante àquele que envolveu Fernando Collor, em 1992.
Mas os problemas para Samper retornaram em janeiro, quando Fernando Botero disse que Samper sabia do dinheiro de Cali. Em menos de uma semana, três ministros se demitiram.
O Congresso voltou a investigar, e o procurador-geral, Alfonso Valdivieso, apresentou denúncia por quatro crimes. Mais uma vez o Congresso, dominado pelo Partido Liberal, absolveu o presidente.
A crise fez com que Samper perdesse apoio internacional. Os EUA tiraram da Colômbia o certificado de "aprovação" no combate às drogas. Em julho, o visto de entrada de Samper nos EUA foi cassado.

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