São Paulo, domingo, 15 de setembro de 1996
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Pedagogo tem mais campo de trabalho

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

A ampliação do campo de trabalho do pedagogo é o principal atrativo da profissão. Formados em pedagogia podem agora trabalhar em escolas e empresas.
A opinião é de Noely Weffort de Almeida, 49, coordenadora do curso de pedagogia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
"Há mercados promissores, como, por exemplo, empresas de consultoria", diz.
Em escolas, o pedagogo pode trabalhar como administrador, orientador, supervisor e professor de primeira a quarta série do primeiro grau.
A remuneração paga por escolas é muito variável: vai de R$ 300 a R$ 5.000 mensais.
As empresas costumam pagar melhores salários, segundo Noely. "O salário é mesmo mais alto, há empresas que contratam a partir de R$ 2.000."
Maria do Rosário Silveira, 52, chefe do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da USP (Universidade de São Paulo), não é tão otimista.
Segundo ela, o setor ainda concentra as maiores oportunidades de emprego em escolas.
Judite Daré, 50, gerente de Planejamento e Desenvolvimento da empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos, confirma que as empresas têm interesse em pedagogos.
"Eles são contratados para as áreas de desenvolvimento e treinamento de pessoal, elaborando programas. Ganham, em média, R$ 2.500 por mês."
Judite, no entanto, faz uma ressalva: "Os psicólogos ainda são os preferidos pelas empresas para o trabalho nessas áreas. Isso não quer dizer que não há espaço para pedagogos".
Consultorias costumam pagar salários ainda mais altos. Segundo Zilma Nascimento, 45, consultora da Trígono Consultoria, de São Paulo, um profissional pode receber até R$ 200 por hora.
Mas Zilma faz uma advertência. "As pessoas não devem se iludir. Para se firmar como consultor, o profissional precisa ter, no mínimo, dez anos de experiência."
"As organizações estão se fixando no seu próprio negócio e terceirizando o que não é estratégico. Por isso ocorre o grande crescimento das consultorias."
Zilma ressalva que, para ser consultor, é indispensável ter uma rede de contatos em grandes empresas. "Sem isso, nada feito."
Segundo ela, quem já trabalhou na área de treinamento tem mais chances de ser bem-sucedido.

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