São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil tem 16 mi analfabetos

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O analfabetismo -um dos principais indicadores de subdesenvolvimento- diminuiu de 16,4% para 15,6% na população com 15 anos ou mais de 93 para 95.
Segundo a PNAD, no ano passado, o Brasil tinha 16 milhões de analfabetos absolutos -o que o coloca em oitavo lugar, junto ao Egito, no ranking de países com maior número bruto de pessoas que não sabem ler nem escrever.
Mas esse dado não tem o mesmo peso do Censo de 1991, já que a PNDA não cobre a zona rural da região Norte, que concentra os maiores níveis de analfabetismo.
No último censo, o índice de analfabetismo levantado foi 20,07% nessa faixa etária -o que soma 19 milhões de analfabetos.
"As PNADs sempre apontam uma tendência maior de queda do analfabetismo do que os censos", afirma Sérgio Haddad, diretor da Ação Educativa, uma organização não-governamental que trabalha desde a década de 60 com educação de jovens e adultos.
O recorte do analfabetismo por faixa etária mostra que novas gerações, mais instruídas, estão entrando nas faixas etárias de mais idade. A população de 60 anos ou mais foi a que teve maior evolução de alfabetização em dois anos, de 59% para 61%, mas continua com os piores índices de analfabetismo.
Nas faixas etárias que reúnem os mais jovens, o analfabetismo não chega a 10%. São completamente analfabetos 3,2 milhões de jovens entre 15 e 29 anos -fase em que se define a vida profissional.
(FR)

Texto Anterior: 2º grau ganha 700 mil alunos em 2 anos
Próximo Texto: Especialistas criticam emenda
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.