São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Título e seleção

CIDA SANTOS

O Olympikus, de Bebeto de Freitas, conseguiu quebrar a hegemonia do Report/Suzano em terras paulistas. Campeão da Superliga nacional e, agora, campeão estadual, Bebeto chegou ao segundo título seguido depois de sua volta da Itália para o Brasil.
Duas conquistas que confirmam o seu nome como o grande favorito para substituir José Roberto Guimarães no comando da seleção brasileira.
Quem gosta de vôlei, não pode reclamar da final. Foi um jogão. Do lado do Report/Suzano, o técnico Ricardo Navajas esbanjou ousadia.
Começou a partida, quem diria, com Max na reserva. Apostou suas fichas no atacante Nei e conseguiu surpreender o adversário. Ganhou o primeiro set. Nei, que já acertou sua transferência para o Japão, mostrou muita velocidade.
Mas a mesma ousadia acabou punindo Navajas no terceiro set. Depois de perder o segundo, ele mudou praticamente todo o time: colocou Maurício, o levantador reserva, no lugar de Marcelinho. Tirou também Pinha e Janelson da quadra.
Desestabilizado, o Suzano falhou muito: seus erros proporcionaram oito pontos para o adversário. Nervoso, em um dos pedidos de tempo, Navajas chegou a chamar a equipe de "bando de cagões".
Mas esse é o estilo Navajas de comandar o time. Gritos, broncas e muito nervosismo. E, apesar de um tanto polêmico, tem dado certo. O Suzano perdeu o título, mas, nos últimos cinco anos, chegou a todas as finais do campeonato estadual e da Liga Nacional. Um desempenho pra lá de louvável.
O melhor dessas finais foi ver novamente o levantador Maurício jogando muito e fazendo a diferença. O que impressionou também foi o bloqueio do Olympikus: no primeiro jogo da final, foram 14 pontos nesse fundamento. Ontem, foram 19 pontos. Uma média de mais de um set por jogo só de bloqueio.

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