São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Elementar

JUCA KFOURI

O show de bola do Sport não tem culpa do vexame do Fluminense. Mas que o tricolor parece condenado é coisa que nem o mais fanático pó-de-arroz pode negar.
Não pode e não deve.
Porque bancar o avestruz agora só fará apressar a decretação da pena de morte de um dos mais queridos, simpáticos, tradicionais e vitoriosos clubes do Brasil.
Acorda, Laranjeiras!
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Pelo que mostrou contra o Bragantino, o lateral-direito Rodrigo tem tudo para ser a solução que há tanto tempo o Corinthians buscava para a posição. E, acredite você ou não, já tem corintiano comparando o Tiba ao Viola.
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Manchete da página de esportes do "Jornal do Brasil" de ontem: "Festa carioca para os cearenses".
Sei não. Certamente terá sido uma festa, o Castelão lotado etc.
Mas, do ponto de vista da competição, o jogo acabou ficando mais com cara de amistoso do que de campeonato. Sem dizer que, novamente, rubro-negros e botafoguenses que costumam frequentar o Maracanã foram fraudados. Como querer que compareçam quando o jogo é menor?
Mais correta, talvez, fosse a manchete "Festa cearense para os cariocas". E, de festa em festa como essas, chegaremos rapidamente ao velório definitivo.
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Rico, rinco, Rincón, riquíssimo. Milionário em talento.
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Em silêncio, como convém, o Cruzeiro faz a melhor campanha do Campeonato Brasileiro, com um jogo a menos do que o Palmeiras. E contra quem joga no domingo que vem, no Mineirão.
Tchan, tchan, tchan, tchan!
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Como o genial Didi foi boicotado no Real Madrid, Romário está sendo no Valencia.
E olhe que foi o não menos brilhante Di Stéfano quem prejudicou o melhor jogador da Copa do Mundo de 1958. Ciumeira pura.
Já o craque da Copa de 1994 é vítima dos ciúmes do russo Karpin (muito prazer), com o incompreensível apoio do técnico Luis Aragonés.
Ciúmes de homem, dizem, é o pior que há. E cabeça de técnico, em regra, é a melhor para transplantes. É 0 km.
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Rivaldo marcou para o Deportivo La Coruña. Ronaldinho marcou para o Barcelona. Djalminha marcou para o Palmeiras. Elementar, meu caro Aragonés.

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