São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996 |
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Presidente da Bamda Mel diz que vai processar poeta baiano Ajax Jorge da Silva perdeu ação contra grupo na sexta-feira LUIZ FRANCISCO
O poeta baiano disse ser o autor das letras das músicas "Crença e Fé" e "Baianidade Nagô", gravadas pela banda em dois discos. Os discos venderam cerca de 200 mil cópias, segundo Alberto Alcântara da Silva. Em março de 92, Ajax Jorge da Silva ingressou na Justiça baiana com um processo contra a Bamda Mel. Seus advogados acusaram o grupo de "usurpação e locupletação ilícita". Ganho de causa Na última sexta-feira, a juíza da 5ª Vara de Assistência Judiciária da Bahia, Vera Lúcia Freira de Carvalho, negou o pedido dos advogados e deu ganho de causa à Banda Mel. "A Bamda Mel foi prejudicada com as afirmações irresponsáveis de Ajax Jorge da Silva", disse o presidente Alberto Alcântara de Silva. Fundada há 14 anos, a Bamda Mel é uma das maiores atrações do Carnaval baiano. A Agência Folha entrou anteontem em contato com a residência do poeta Ajax Jorge da Silva e seus advogados, Regina Travassos e Carlos Fernandes. O poeta não estava em casa pela manhã, segundo informações de seus parentes. Entre 9h30 e 12h30, ninguém atendia as ligações realizadas para a casa dos dois advogados de Silva. Skank Ajax Jorge da Silva afirmou à Folha, na quarta-feira, que entrará com ação indenizatória contra o grupo mineiro Skank. O poeta reivindica a autoria de seis letras que integram os dois últimos discos da banda mineira: "Calango", de 94, e "O Samba Poconé", lançado em julho. Juntos, os álbuns venderam 1.830.000 cópias e figuram entre os maiores sucessos do mercado fonográfico brasileiro. Os encartes dos CDs apontam Samuel Rosa, Chico Amaral e Lelo Zaneti como compositores das músicas. Texto Anterior: Músico inovou ópera italiana Próximo Texto: Grupo Corpo estréia em teatro francês com releitura de Bach Índice |
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