São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 1996
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Chile une segurança nas ruas e economia saudável

Roupas revelam orgulho, arrogância, servilismo e prepotência

EDSON FRANCO
ENVIADO ESPECIAL AO CHILE

Se, assim como no velho slogan inglês adotado pela UDN brasileira, o preço da liberdade é a eterna vigilância, os chilenos compõem uma das populações mais dispostas do mundo a pagar essa fatura.
Em cidades como a capital Santiago, Viña del Mar e Valparaíso, além de um ardor pela preservação das heranças européias, da limpeza obsessiva e de uma disciplina que dá charme britânico aos estudantes, há um oceano de fardas.
Envergadas com um misto de orgulho e arrogância, servilismo e prepotência, elas são encontráveis a cada quarteirão e respondem por um paradoxo. Por um lado, são trajadas por homens que fitam fixamente os olhos de qualquer transeunte, como maníacos interessados em decifrar um pensamento ousado ou inconsequente. Por outro, permitem afirmar que há poucos lugares mais seguros que as ruas chilenas.
A situação lembra George Orwell e seu "1984". Levando em conta o fato de ser o Chile o país latino-americano com a economia mais saudável -com crescimento médio de 6,6% entre 1989 e 1994-, ele pode ser o "Grande Irmão" do Brasil, em mais de um sentido.

LEIA MAIS nas págs. 6-2 a 6-9

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