São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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Em Paris, Metallica ainda mostra brilho
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Em cima de um palco, o grupo prova que continua sendo o Edmundo do heavy metal: agressivo, violento e brilhante. No novo show, mostra que tem senso de espetáculo e continua jogando para a torcida. O palco fica bem no meio do ginásio. Assim, eles ficam cercados pelo público. Os microfones são espalhados por todos os cantos e há uma bateria giratória em cada uma das duas extremidades do palco. Dessa forma, todo espectador acaba, em algum momento do show, vendo de frente os quatro integrantes da banda. A estrutura do palco se assemelha a um inseto de cabeça para baixo. As "patas" são as torres de iluminação -que se movem. O repertório traz clássicos como "Fade To Black", "Nothing Else Matters" e a antibelicista "One" -precedida de uma atmosfera de guerra, com explosões e sons de rajadas de metralhadora e rasantes de helicóptero. Durante as duas horas e vinte minutos de show, a platéia dá vazão a instintos primais em danças de alto impacto. Heresia Com "Load", a banda deu um drible em quem apostava que o heavy metal agonizava. Apesar dos 15 anos de carreira, o Metallica sempre conseguiu evoluir dentro de um gênero em que mudanças soam como heresia para um séquito de seguidores. "Load" chegou ao primeiro posto nas principais paradas do planeta e promete repetir o sucesso do "Black Album", disco que vendeu 15 milhões de cópias. O grupo já adiantou que deve ir ao Brasil no próximo verão. É uma boa oportunidade para quem nunca viu um show de heavy metal. Texto Anterior: Em NY, Bowie volta com cabelo ruivo Próximo Texto: Anderson estréia hoje no Municipal Índice |
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