São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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NOVO MERCADO A Internet aos poucos vai conquistando espaço como nova fronteira de atividade econômica. O ponto de inflexão não é propriamente o número de usuários, que há alguns anos cresce exponencialmente, mas sobretudo o adensamento do uso efetivamente comercial da rede. Um marco dessa nova fase talvez seja o início da cobrança, no próximo dia 21, pelo acesso às páginas virtuais do "The Wall Street Journal", um dos mais prestigiosos jornais do mundo. Mas os dados relativos ao faturamento com publicidade na Internet são a referência mais importante. No primeiro semestre deste ano, a receita com anúncios nos Estados Unidos cresceu 83% em relação ao ano passado, chegando a US$ 71,7 milhões. No ano, o faturamento deve chegar a US$ 312 milhões, quase o dobro de 95. Segundo a empresa que realizou este levantamento, a Jupiter Communications, o faturamento com anúncios na Internet deverá representar US$ 5 bilhões no ano 2000. O mais importante é a velocidade de crescimento, pois afinal apenas em 1995 o gasto com publicidade em meios convencionais nos EUA passou de US$ 156,8 bilhões. No Brasil, embora ainda não haja dados disponíveis sobre faturamento, o crescimento da Internet já é suficiente para levar importantes agências de publicidade a criar novos departamentos voltados a essa mídia. Aliás, a economia brasileira, apesar de tantas dificuldades, tem sido pródiga quando se trata de indicadores de modernização. Assim como a busca de certificados de qualidade ISO tornou-se uma febre no mercado brasileiro, pode-se esperar que a Internet e as "intranets" (modelo de rede aplicado dentro das empresas) penetrem com grande rapidez na economia brasileira. Fica a cada dia mais evidente que a Internet não é apenas um mercado novo, no sentido de criar oportunidades de faturamento, mas também um novo tipo de mercado. É um mercado virtual, que depende da infra-estrutura em comunicações e de uma base educacional muito apurada. A oportunidade é, portanto, também um enorme desafio que mal começamos a enfrentar. Próximo Texto: ÁLCOOL, DROGA LEGAL Índice |
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