São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996 |
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Maioria dos brasileiros teme o desemprego
ANTONIO CARLOS SEIDL
Entre as pessoas que disseram temer o desemprego, 32% estão com "muito medo" e 21% estão com "pouco medo". Embora o fantasma do desemprego continue assustando o brasileiro, o medo diminuiu ligeiramente entre a pesquisa anterior, em fevereiro, e a mais recente, no mês passado. A proporção que tem muito ou pouco medo de perder o emprego caiu de 61% para 53% desde fevereiro. Um dado curioso é que as mulheres estão com muito mais medo do desemprego do que os homens: 39%, contra 25%. A CNI realiza regularmente pesquisas sobre a opinião pública nacional em relação a diferentes temas. A pesquisa fez 2.000 entrevistas com pessoas de mais de 16 anos entre os dias 22 e 25 de agosto em todo o país. Plano Real O grau de confiança do brasileiro no Plano Real continua elevado, embora um pouco menor do que na pesquisa de fevereiro. A maior proporção das pessoas (48% contra 44% em fevereiro) acha que ainda é cedo para avaliar se o Plano Real será um sucesso ou um fracasso. Para 31% (contra 36%), o Real será um sucesso e para 17% (14%) um fracasso. O aumento dos preços dos serviços públicos (20%), recessão e desemprego (16%), descontrole nos gastos públicos (12%) e juros elevados (12%) são apontados como as maiores ameaças à continuidade do Plano Real. O presidente Fernando Henrique Cardoso manteve a avaliação positiva de fevereiro. A atuação dele foi considerada ótima por 6% dos entrevistados (7% em fevereiro), boa por 32% (contra 33%), regular por 40% (39%), ruim por 6% (7%) e péssima por 13% (10%). Funcionalismo A pesquisa revelou que a opinião pública brasileira está dividida quanto à polêmica questão da estabilidade do funcionalismo público. Para 43% dos entrevistados, a estabilidade deve ser mantida, mas 45% apóiam a proposta do governo de acabar com a estabilidade do funcionalismo público. A privatização é outro tema que está longe de alcançar unanimidade a favor ou contra: 36% são favoráveis, 30% são contrários e 34% não têm opinião formada. O levantamento ouviu a opinião dos brasileiros sobre dois assuntos de interesse do empresariado: a greve geral de 21 de junho e a manifestação dos empresários pelas reformas ocorrida em 22 de maio. Apenas 33% dos entrevistados aprovaram a realização da greve geral contra a política econômica do governo, organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical. A greve foi reprovada por 44%, e 22% não têm opinião a respeito. A maioria (62%) disse não ter tomado conhecimento da manifestação de 3.000 empresários em Brasília para pressionar o Congresso a votar as reformas e a reativação da economia. Natal Com relação às compras de Natal, a maioria (51%) dos entrevistados disse que planeja manter o mesmo nível de compras do ano passado. Já 27% disseram que vão comprar mais este ano e 19% decidiram comprar menos. Texto Anterior: Países das Américas negociarão abertura de mercado por último Próximo Texto: Estados demitiram 28.977 servidores Índice |
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